António Alves de Sousa, escultor português,renasce aqui, 125 anos depois

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Os primeiros a chegar a Lisboa:)

Antes de mais, peço paciência a todos os que são, como eu, apaixonados pelo Escultor Alves de Sousa, e se habituaram a visitar o seu blogue. Nem sempre é possível conciliar a actividade profissional com a de investigador, e mesmo que o seja, dou prioridade ao tratamento de informação, e tenho muito trabalho de tratamento da informação já obtida pela frente, que espero deixar pronto no final do Verão. É para mim honroso, contudo, constatar que é a primeira vez que um investigador do escultor chega às fontes históricas do Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa. Estive lá no dia 24 de Maio passado, numa bela manhã de Primavera, numa ala do Palácio das Necessidades, esse mesmo onde, entre vários outros eventos relevantes, estiveram depositados os corpos do Rei D.Carlos e do seu filho, príncipe Luís Filipe. Pelo inventário que me tinha sido previamente enviado, sabia e sei que a tarefa é hercúlea (são milhares de documentos). Nada que me faça esmorecer. Pedi um livro (são centenas), que seleccionei do inventário por me parecer promissor, e voilá! Nas primeira páginas, tive logo o prémio (merecido, penso:). Uma entrada no diário da embaixada/legação, a atestar a chegada de Alves de Sousa a Paris no dia 24 de Janeiro de 1909. Que agora podemos considerar um facto sólido, o que não era possível apenas pela carta de Alves de Sousa, já aqui publicada, até porque, pela correspondência consultada, sabemos que, muitas vezes para se proteger, nem tudo o que o escultor escrevia era verdadeiro. Se "clicarem" em cima da imagem junto a este "post", poderão ver a página do livro com mais detalhe. Agora falta o resto, e, como não somos profissionais nem subsidiados, tomaremos os anos que forem precisos. Há algo que é importante deixar aqui registado: o inventário do que Alves de Sousa deixou em Paris (peças e, desejo eu, a correspondência recebida por ele em Paris, que pura e simplesmente se "evaporou" e foi, até hoje, impossível localizar;) foi feito pelo Consulado, e não pela Legação ou Embaixada. Esse inventário seria essencial para determinar onde pode estar o espólio menos conhecido e referenciado.