António Alves de Sousa, escultor português,renasce aqui, 125 anos depois

sábado, 14 de março de 2009

A Entrada em "Quem é Quem" (as vindas a Portugal e a discussão parlamentar)


Fiquei surpreso quando, um destes dias, circulando pela Livraria Almedina do Arrábida Shopping, peguei sem qualquer esperança no livro "Quem é Quem - portugueses célebres", da editora Temas & Debates, sob a coordenação de Leonel Vieira, e fui surpreendido por uma entrada dedicada ao meu bisavô, o que é coisa rara (só me lembrava, até aqui, de uma na Enciclopédia Luso Brasileira e de outra num Dicionário de Arte).

A entrada é esta:

"SOUSA, António Alves de. Escultor. Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia, 9.1.1884 - ib. 6.3.1922).De 1897 a 1905 frequentou a Escola de Belas Artes do Porto, onde concluiu o curso de escultura. Em 1908 partiu para Paris, onde se fixou, tendo vindo a Portugal diversas vezes com longas demoras; fez parte do grupo de escultores naturalistas do Porto. Concorreu no Porto a exposições em 1902, 1903, 1904, 1905, 1910 e 1911. Como o arquitecto L Marques da Silva, em 1910, obteve o 1º prémio para o Monumento aos Heróis das Guerras Peninsulares, a erigir no Porto. Em 1914 a mesma dupla de artistas alcançou o 2º prémio no monumento ao Marquês do Pombal(...)"

Termina dizendo que a atribuição do 2º prémio em Lisboa, considerada injusta, causou grande poémica e debate, que chegou ao Parlamento.

Há aqui dois aspecto curiosos, que me levarão para mais dois vectores de investigação:

- A alegada vinda a Portugal "por diversas vezes" é uma novidade para mim. Não há muito tempo, em conversas familiares, havia a convicção de que ele só teria voltado em 1918, com os dois filhos, e após a morte da mulher Germaine Lechartier; vou em busca das fontes; - Nota posterior: as fontes confirmaram que, inequivocamente, ele veio por diversas vezes a Portugal;

- A discussão da questão do Monumento ao Marquês do Pombal no Parlamento: sabia que se tinha gerado grande polémica, que chegou aos jornais, e motivou correspondência do meu bisavô dirigida ao Governo (penso), mas não sabia que tinha sido alvo de debate parlamentar; espero que haja transcrições;

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